Pular para o conteúdo principal

Ditaduras: Regimes cruéis e desumanos

O período ditatorial, em Portugal, conduziu o país a guerras fratricidas com os povos africanos, porque no Brasil o processo de emancipação, foi bem diferente e, a independência desta ex-colónia, foi relativamente pacifica. Os governantes Portugueses,  desse período negro da História de Portugal, obcecados pelo domínio colonial, não quiseram aprender com os bons exemplos dados por outros países colonizadores que, rapidamente, compreenderam a justeza das reivindicações dos povos colonizados, materializadas no seu direito à autonomia.

A perseguição, repressão e punição dos cidadãos Portugueses, que se assumiam contra o regime ditatorial, era permanente, a polícia política, coadjuvada por um “batalhão” de colaboradores (então denominados, na gíria popular, por “bufos”), não tinha “mãos a medir”, os julgamentos sumários, as prisões arbitrárias e desterros eram o “pão-nosso de cada dia”.

Quantas pessoas foram, severa e cruelmente, torturadas por se oporem ao regime? Quantos jovens e adultos se viram obrigados a abandonar o seu próprio país, emigrando “a salto”, para se livrarem de uma guerra, que nada lhes dizia e também para fugirem às perseguições policiais, respetivamente? Quantos milhares de jovens morreram ou ficaram deficientes para o resto da vida? Quantas mães, ainda hoje, choram a perda de seus filhos?

Quantas viúvas continuam a derramar lágrimas pelos seus maridos? Quantos órfãos não chegaram a conhecer os seus pais? Quantos órfãos não conviveram com os seus pais? Que tragédia, meu Deus!

Felizmente, como em tudo na vida, sempre há um princípio, um meio e um fim e, paulatinamente, os ditadores vão caindo dos pedestais em que se colocaram, ilegítima e ilegalmente, porque a paciência, a dor, o sofrimento e a humilhação têm limites, que não podem ser ultrapassados. Os Portugueses atingiram esse limite e, só lhes restava derrubar um regime que não cumpria com a maior parte dos mais elementares e sagrados Direitos Humanos.




Venade/Caminha – Portugal, 2021

Diamantino Lourenço Rodrigues de Bártolo

Presidente do Núcleo Académico de Letras e Artes de Portugal

NALAP.ORG

http://nalap.org/Directoria.aspx

http://nalap.org/Artigos.aspx

https://www.facebook.com/diamantino.bartolo.1

http://diamantinobartolo.blogspot.com

diamantino.bartolo@gmail.com

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Natal com «Amor-de-Amigo»

 Chegou o tempo de banirmos, irreversivelmente, ódios, vinganças, obscurantismo, fome, guerras e a morte resultante daqueles «sentimentos» e situações. Está na hora da inversão de tudo quanto é indigno para o ser humano, a começar em cada um de nós, até para connosco próprios. É tempo de dar voz ao «tribunal» da nossa consciência, porque é o único que nos julga imparcialmente, mesmo que, depois, não tenhamos a coragem de cumprir a «pena» ou seguir os seus conselhos. Mas, é claro que: todos os dias precisariam de ser Natal; todos os dias deveríamos refletir na vida e na morte; na nossa origem, mas também no nosso destino; no que fazemos e no que deveríamos fazer; pensarmos que a vida é efémera; que não somos os donos do mundo, nem da verdade, nem da vida de ninguém, nem sequer da nossa própria existência. De Onde Vimos? Quem Somos? Para Onde Vamos? Independentemente das nossas convicções políticas, filosóficas, religiosas ou outras, a verdade é que não nos conhecemos suficientemente bem

Técnicas Argumentativas

Sugeridos que estão alguns cuidados a observar, na apresentação dos argumentos, importa deixar algumas ideias-base sobre este importante processo de comunicação, resolução de conflitos, e obtenção de acordos nas relações humanas modernas. Diz-se que se está numa situação argumentativa, entre outras, sempre que: se é chamado a tomar posição face a algo, seja a uma atitude, a um ato, a um projeto, a uma decisão, a um critério. Argumentar é, também, comunicar e daí a conveniência de se conhecer bem o receptor, para que se verifique uma compreensão cabal do discurso argumentativo, e os efeitos da argumentação possam ser controlados pelo emissor, o qual tem uma intenção que visa um efeito sobre o receptor. É por isso que deve conhecer bem e caracterizá-lo corretamente, para que possa prever melhor os efeitos e reações que a comunicação pode causar (o mesmo vale para uma argumentação perante um auditório-alvo, sendo condição essencial conhecer muito bem a sua constituição, para se utiliza