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Ditaduras: Regimes cruéis e desumanos

O período ditatorial, em Portugal, conduziu o país a guerras fratricidas com os povos africanos, porque no Brasil o processo de emancipação, foi bem diferente e, a independência desta ex-colónia, foi relativamente pacifica. Os governantes Portugueses,  desse período negro da História de Portugal, obcecados pelo domínio colonial, não quiseram aprender com os bons exemplos dados por outros países colonizadores que, rapidamente, compreenderam a justeza das reivindicações dos povos colonizados, materializadas no seu direito à autonomia. A perseguição, repressão e punição dos cidadãos Portugueses, que se assumiam contra o regime ditatorial, era permanente, a polícia política, coadjuvada por um “batalhão” de colaboradores (então denominados, na gíria popular, por “bufos”), não tinha “mãos a medir”, os julgamentos sumários, as prisões arbitrárias e desterros eram o “pão-nosso de cada dia”. Quantas pessoas foram, severa e cruelmente, torturadas por se oporem ao regime? Quantos jovens e adultos
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Páscoa: Esperança que Renasce

No âmbito da cultura religiosa cristã, esta festa móvel que se designa por Páscoa, tem longa tradição, principalmente nas aldeias portuguesas, nas quais e no dia previamente estabelecido, pelas entidades competentes, as populações convergem, com devoção, crença e alegria, para as cerimônias específicas, porque segundo os cânones do cristianismo, o evento significa a “Ressurreição de Cristo”. Este tempo que os cristãos-católicos vivenciam, inicia-se com um período de “luto”, que se prolonga durante quarenta dias, imediatamente, a partir da terça-feira de Carnaval e culminado no “Domingo da Ressurreição”, dia totalmente consagrado à alegria de experienciar a libertação de Jesus Cristo do túmulo, para onde teria sido conduzido após a sua morte na Cruz, na sexta-feira da paixão, conforme rezam os documentos sagrados. A Páscoa é, também, um tempo de confraternização, de reunião da família, não tanto no conceito e espírito que é vivido, por exemplo, no Natal, (nascimento de Jesus Cristo) mas

A Dignidade Devida aos Imigrantes

Portugal, país de navegadores e de emigrantes, ao longo de parte significativa da sua História, continua, já no século XXI, a ser uma nação de trabalhadores: uns, que permanecem; outros, que saem mundo afora, à procura de melhores condições de vida, para os próprios que partem e para os seus familiares e dependentes. Portugal, também como país de acolhimento para imigrantes oriundos de muitos países: da África à América; do Oriente ao Ocidente; do Norte e do Sul. Portugal tem a obrigação moral e solidária, de acolher bem todos aqueles que, buscando melhor futuro, escolhem este país para trabalhar e reunirem-se, depois, com as respetivas famílias, logo que as condições legais e sociais o permitam. Rejeitar os imigrantes é negar os valores tradicionais de hospitalidade e humanismo, que têm caraterizado os portugueses, ao longo da sua história.  Utilizar os imigrantes, como mão-de-obra barata, mas exigindo-lhes um esforço superior ao que se impõe aos nacionais, é uma inaceitável violação

Natal com «Amor-de-Amigo»

 Chegou o tempo de banirmos, irreversivelmente, ódios, vinganças, obscurantismo, fome, guerras e a morte resultante daqueles «sentimentos» e situações. Está na hora da inversão de tudo quanto é indigno para o ser humano, a começar em cada um de nós, até para connosco próprios. É tempo de dar voz ao «tribunal» da nossa consciência, porque é o único que nos julga imparcialmente, mesmo que, depois, não tenhamos a coragem de cumprir a «pena» ou seguir os seus conselhos. Mas, é claro que: todos os dias precisariam de ser Natal; todos os dias deveríamos refletir na vida e na morte; na nossa origem, mas também no nosso destino; no que fazemos e no que deveríamos fazer; pensarmos que a vida é efémera; que não somos os donos do mundo, nem da verdade, nem da vida de ninguém, nem sequer da nossa própria existência. De Onde Vimos? Quem Somos? Para Onde Vamos? Independentemente das nossas convicções políticas, filosóficas, religiosas ou outras, a verdade é que não nos conhecemos suficientemente bem

Governar e chefiar, com talento e sabedoria

A superior e inultrapassável diferença entre gerir e liderar pessoas, e administrar outros recursos, como máquinas, capitais, objetos, coisas, mercados e situações técnico-científicas, localiza-se, imediatamente, na comunicação e relacionamento interpessoais: pura e simplesmente, a relação pessoa-objeto situa-se a um nível inferior e instrumental ao da relação pessoa-pessoa, ou pelo menos, assim deveria ser. Acredita-se que será impossível gerir e liderar pessoas sem a comunicação com elas, e entre elas, suportada num genuíno processo de relações humanas, seja no campo estritamente profissional, seja num quadro mais abrangente, nos contextos da família, da escola, da Igreja, da comunidade, inclusivamente no âmbito da ocupação dos tempos livres e de lazer. Comunicação e relacionamento humanos, são faculdades que toda a pessoa deverá cultivar, como se de uma competente atividade profissional se tratasse, porque o indivíduo humano é portador de capacidades inatas, mas também tem de aprend

Gerir Humanamente as Pessoas

Como premissa maior, parte-se do princípio segundo o qual, gerir pessoas é totalmente diferente, mais difícil, complexo e imprevisível, do que gerir coisas, outros animais, bens, situações do âmbito das ciências exatas e da técnica (nestas, praticamente, tudo é previsível, reversível, observável, experimentável e quantitativamente avaliado). Gerir pessoas implica, desde logo, saber gerir-se a si próprio, é um pouco como governar uma instituição, um país, porque quem não sabe governar a sua vida, como vai fazê-lo em relação à vida dos seus semelhantes? (Cabe aqui um espaço para se refletir acerca dos critérios utilizados para a escolha dos políticos, governantes, gestores e para atividades similares). Uma primeira regra, para o gestor, poderá fundar-se na consideração e respeito que ele deve ter para com as pessoas que está a gerir, quaisquer que sejam as funções, desde o recepcionista ao diretor de um qualquer departamento, todas estas pessoas têm a mesma dignidade e qualquer delas, na

O Capital Humano

A humanidade vive tempos conturbados, qualquer que seja a dimensão pela qual se analise uma determinada situação. Partindo-se do indivíduo, singularmente considerado, enquanto pessoa de deveres e direitos, para conjuntos mais alargados, como: a família, a empresa, a comunidade nacional ou a sociedade global, os problemas existem, são de diversa natureza e grandeza: uns resolvem-se; outros alimentam-se e outros, ainda, criam-se, porque o mundo compõe-se de inúmeros binômios: homem-mulher; verdade-mentira; dia-noite; quente-frio; guerra-paz; vida-morte, bom-mau; alegria-tristeza, belo-feio, riqueza-pobreza, Deus-Diabo, etc.  A dicotomia é uma, entre outras, característica deste mundo, na medida em que algo existe em relação ao seu negativo ou ao seu opositor, tal como uma afirmação, a propósito de uma determinada situação, é tanto mais real quanto se destaca a sua oponente, o que envolve uma complexidade de muito difícil gestão, transferindo-se uma tal realidade para a sociedade humana.