1. Na comunicação e no relacionamento interpessoal, as pessoas e as organizações têm de ser competentes, aqui no conceito prático de obtenção dos melhores resultados, isto é, fazer passar as mensagens verbais e não-verbais, que se vão transmitindo no exercício dos múltiplos papéis que diariamente são desempenhados pelas pessoas e organizações. Exija-se, pois, competência.
2. O relacionamento humano seria impossível sem o ato comunicativo, entendido este como uma interação entre pessoas que desejam a convivencialidade societária, seja em contexto familiar, profissional, social, religioso ou outro. As relações humanas pressupõem diálogo, troca de ideias, transmissão de conhecimentos, divulgação de factos, manifestação de sentimentos e tantas outras intervenções, só possíveis, pela comunicação, verbal e/ou não verbal.
3. Todas as comunicações humanas apresentam complicações, que os interlocutores procuram, por vezes, resolver e, outras vezes, dificultam:
a) Um primeiro problema que se coloca é que em todas as comunicações humanas ninguém pensa que há obstáculos: quer se esteja a conversar com uma pessoa, ou com um grupo;
b) Uma outra dúvida é que os indivíduos, de uma maneira geral, não são muito bons ouvintes, realmente a ouvir, quando alguém fala com eles e, depois, a entender corretamente o que ouvem.
4. O relacionamento interpessoal provoca, necessária e inevitavelmente, determinados comportamentos comunicacionais: uns, eventualmente, premeditados, estudados e treinados; outros, espontaneamente. Apesar de tais limitações, é possível caracterizar os diversos comportamentos comunicacionais, a partir de critérios definidos: «a) Afirmatividade do comunicador (transparência da linguagem); b) Respeito pelo interlocutor (respeito pelo outro. A partir destes dois critérios e como posicionamento prévio, aceitam-se quatro grandes tipos de comportamento comunicacional, a indicar: assertivo; passivo; agressivo e manipulador.
5. Caberá ao sistema educativo, apoiado na sua principal estrutura, a Escola, ensinar a usar, corretamente, uma determinada língua, na circunstância, a língua oficial em vigor no respetivo país. A esta estrutura, por enquanto ativa e insubstituível, para além de transmitir todo um conjunto de técnicas, regras e significações, compete-lhe, também, promover, dinamizar e aferir os resultados do ato comunicacional, incentivando os elementos essenciais: emissor-receptor para o desenvolvimento e aprofundamento do diálogo, com recurso aos métodos que em cada situação se considerem os melhores, de imediato, entre professores e alunos.
6. Diz-se que se está numa situação argumentativa, entre outras, sempre que se é chamado a tomar posição face a algo: seja a uma atitude; a um ato; a um projeto; a uma decisão; a um critério. Argumentar é, também, comunicar e daí a conveniência de se conhecer bem o receptor, para que se verifique uma compreensão cabal do discurso argumentativo.
7. A tônica para o desenvolvimento de relações humanas sadias, frutuosas e duradouras passa pela ação comunicacional, pelo ato comunicativo entre pessoas, entre grupos, entre nações. Não haverá outro caminho mais seguro e pacífico do que aperfeiçoar todas as técnicas, estratégias e metodologias para uma prática de relações humanas que possa estar acima de todo e qualquer interesse ilegítimo. A instituição de um paradigma comunicacional impõe-se, hoje, à sociedade universal, sendo urgente implementar todos os recursos possíveis para que o relacionamento humano intercultural, inter-religioso, intergrupal, interplanetário, seja uma regra e não uma exceção.
Venade/Caminha – Portugal, 2020
Com o protesto da minha perene GRATIDÃO
Diamantino Lourenço Rodrigues de Bártolo
Presidente do Núcleo Académico de Letras e Artes de Portugal
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